Parque da Redenção: o coração verde de Porto Alegre

Se São Paulo tem o Ibirapuera e Nova York tem o Central Park, Porto Alegre tem a sua própria joia: o Parque da Redenção. Oficialmente chamado de Parque Farroupilha, ele ganhou esse nome popular em homenagem à libertação dos escravos em Porto Alegre. E pegou de tal forma que, para os moradores da cidade, é impossível não chamá-lo assim: Redenção.

O parque fica no encontro de quatro bairros — Farroupilha, Cidade Baixa, Centro Histórico e Bom Fim — e é um verdadeiro oásis verde no meio do ritmo urbano da capital. Ele não tem cercas nem entradas formais. Basta atravessar a rua e você já está dentro.

Onde tudo acontece

O eixo central é o coração da Redenção. É ali que se concentram os gramados mais disputados, o espelho d’água e o chafariz colorido (que nem sempre funciona, mas quando está ligado, vira atração à parte).

Ambulantes vendem pipoca, churros e bebidas, enquanto grupos se espalham com chimarrão e toalhas no gramado. É o ponto de encontro de famílias, casais, estudantes e artistas de rua.

E logo na entrada principal, pela Avenida José Bonifácio, você dá de cara com o Monumento ao Expedicionário — um arco de granito em homenagem aos soldados da Força Expedicionária Brasileira, ladeado por esculturas que misturam força e simbolismo.

Um parque cheio de vida

A Redenção é democrática. Quem gosta de esporte encontra pistas de corrida, canchas, academia ao ar livre e até um lago com pedalinhos. Quem prefere lazer em família pode levar as crianças para os playgrounds, passear de trenzinho ou aproveitar o cachorródromo.

No meio disso tudo, há espaços curiosos que contam mais da história da cidade. Um exemplo é o Chafariz Imperial, o último sobrevivente de oito chafarizes importados da Europa no século XIX. Feito em ferro fundido na França, traz figuras de meninos, carrancas e leões por onde a água escorre. Revitalizado recentemente, fica em um espaço chamado Recanto Europeu.

Bem perto dali está o Recanto Oriental, um pequeno jardim com estátua de Buda, pontes ornamentadas e bancos que convidam a uma pausa tranquila.

Sabores dentro e fora do Parque da Redenção

Nos últimos anos, a Redenção ganhou o Refúgio do Lago, um espaço gastronômico que reúne pizzaria napolitana, carnes e hambúrgueres, comida natural, gelateria, cafeteria e um bar de bebidas. O ambiente tem mesas ao ar livre e um pequeno palco para apresentações musicais. Em dias de sol, fica lotado.

Mas os arredores do parque também merecem destaque. O Mercado do Bom Fim, na esquina da Osvaldo Aranha com a José Bonifácio, é tradicional ponto de encontro, assim como os cafés do bairro Farroupilha. O Fermata 29, pet friendly e com mesas na rua, é uma das opções mais queridas.

O Brique da Redenção

Se tem um programa que já virou tradição, é o Brique da Redenção. Todos os domingos, das 9h às 17h, o canteiro central da José Bonifácio se transforma em uma feira a céu aberto.

São dezenas de expositores com barracas de artesanato, antiguidades, roupas e comidinhas. É também onde a arte de rua se encontra: músicos e artistas de todos os estilos animam a feira e transformam a manhã de domingo em um passeio único.

Um espaço com alma porto-alegrense

Visitar a Redenção é entender um pouco da essência de Porto Alegre. Não importa se você vai para caminhar, pedalar, fazer piquenique, levar as crianças ou apenas sentar com um chimarrão. O parque reúne pessoas diferentes, gerações distintas e estilos de vida variados.

É um lugar de encontros e de histórias. Um espaço onde a cidade respira e se reconhece.