O Jogo Que Nunca Acaba
- Time TMJ
- 13 de mai.
- 2 min de leitura
Sabe aquele ditado “não dá nem pra respirar”? Pois é, virou rotina no futebol brasileiro. - O Jogo que nunca acaba!
O calendário é tão insano que mal dá tempo de comemorar uma vitória — porque três dias depois já tem outro jogo. E não é qualquer jogo, é decisão atrás de decisão, tudo com cara de final de Copa do Mundo.

Não é à toa que 80% das partidas acabam sendo abaixo da média. Tá todo mundo esgotado: jogadores, treinadores, preparadores físicos, fisioterapeutas, comissão técnica, jornalistas, e claro, o torcedor que também não aguenta mais consumir esse futebol de forma tão acelerada. A conta simplesmente não fecha! - O Jogo que nunca acaba!
Virou uma indústria que não permite curtir o momento. Não existe mais "o time do ano", "o jogador da temporada". Agora, o "melhor" é o da semana. Perdeu duas partidas seguidas? Já virou crise. Ganhou duas? É o novo favorito ao título. O futebol virou um produto semanal, que gera clique, audiência e muito conteúdo para as redes sociais. E pra quem lucra com isso? Tá ótimo, né? Mas quem tá lá dentro, na lida diária, sabe o quanto isso é desumano.
Como que um jogador vai manter alto rendimento jogando quarta e domingo, viajando o Brasil inteiro, lidando com pressão psicológica 24 horas por dia, sem tempo pra treinar, descansar ou até mesmo assimilar o que viveu em campo? O Jogo que nunca acaba!
Esse ciclo vicioso afasta o torcedor da arquibancada, gera lesões em sequência nos jogadores, derruba treinadores em semanas e cria uma ilusão de que tudo pode ser resolvido na base da troca. Não pode. O futebol precisa de tempo. Precisa de pausa. Precisa de planejamento. Precisa de respeito por quem trabalha e vive dele.
Enquanto isso não acontecer, o futebol brasileiro vai continuar servindo apenas para alimentar os geradores de conteúdo, que agradecem cada crise criada, cada polêmica do momento, cada demissão precoce. Porque, no fim das contas, o jogo que realmente não para… é o do engajamento. - O Jogo que nunca acaba!. No dia 10 de maio de 2025, após o jogo entre Grêmio e Red Bull Bragantino, o técnico Mano Menezes comentou em entrevista coletiva sobre o impacto do calendário apertado no desempenho das equipes. Ele mencionou ter lido uma postagem no ecossistema do site Tinga, que abordava exatamente essa questão do desgaste físico e mental dos jogadores devido à sequência intensa de jogos.
Essa referência feita por Mano Menezes destaca a importância de discutir e repensar o modelo atual do futebol brasileiro, que prioriza o volume de partidas em detrimento da qualidade e do bem-estar dos profissionais envolvidos.
Enquanto isso, o futebol que forma atletas, que cria memórias e que move o país fica pra trás. O futebol precisa parar de correr e começar a pensar. O Jogo que nunca acaba!
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